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jogos de hoje na copinha,Participe da Maior Festa de Jogos Online com Hostess, Onde a Competição Nunca Para e a Diversão É Garantida 24 Horas por Dia..Ficheiro:Battle of New Orleans.jpg|300px|miniaturadaimagem|A Guerra anglo-americana de 1812 foi o primeiro conflito internacional travado pelos Estados Unidos e também o último contra a Inglaterra.,A figura do labirinto nem sempre teve na literatura a presença múltipla que se lhe supõe hoje. Época labiríntica, o século XX vê labirintos até mesmo onde tal ideia se acha inteiramente ausente. É bem verdade que encontramos desenhos de labirintos desde à pré-história e que essa representação aparece nas culturas mais variadas. Ás vezes também – ainda que os casos por nós conhecidos sejam raros – o labirinto está ligado a um mito ou a um ritual. Sua origem longínqua e diversa, seu vínculo com o sagrado, a polivalência intrínseca a essa imagem, constituem-no em estrutura mítica e fazem dele, para a imaginação literária (e artística), um tema fascinante. Na literatura ocidental (à qual nos limitamos) só tardiamente, entretanto, tal representação desprendeu-se do mito grego Teseu. O tema relacionado com o vagar sem rumo e o próprio termo “labirinto” só lentamente vieram a se impor nas línguas da Europa moderna. Também seu emprego no domínio crítico resvala, por vezes, para um abuso complacente. Lembremos, antes de mais nada, que existem dois tipos de labirinto: os labirintos que seguem um único caminho (não conhecemos representações pictóricas de outros até meados do século XVI) e os labirintos que se estendem em múltiplas direções (encruzilhadas, possibilidades de escolha, de erros etc). Note-se que, se o labirinto parece pertencer ao domínio do espaço e envolver uma relação problemática com este, pode-se igualmente pretender que ele tem a ver com o tempo (o eterno retorno constituindo, nesse caso, uma figura limite). Num texto literário, ele pode aparecer como um tema explícito, mas pode também formar uma estrutura latente (pertinente em maior ou menor grau). Pode, ou não, suscitar a referência ao mito grego (de que não nos ocuparemos aqui enquanto tal). Ele possui, na linguagem corrente, um valor negativo, mas na linguagem formal, lembra-se de sua origem sagrada e assume facilmente uma acepção positiva. Tudo isso é possível – e, sobretudo, o imenso trabalho da literatura sobre o labirinto é possível – por uma razão aparentemente paradoxal: é que o labirinto, no sentido próprio, não existe. No mundo antigo, cada autor, ao falar do famoso labirinto de Creta, imagina-o de uma maneira diferente e os arqueólogos não sabem se jamais existiu ou que forma tinha. Em nosso mundo moderno encontrarmos, sem dúvida, certas atualizações diversas dessa estrutura (labirintos de espelhos nos parques de diversões, labirintos de sebes, jogos-labirintos...); na verdade – e qualquer um reconhece isso – não passam de realizações relativamente secundárias da ideia de labirinto. O labirinto é antes de mais nada uma imagem mental, uma figura simbólica que não remete a nenhuma arquitetura exemplar, uma metáfora sem referente. Deve-se torná-lo, em primeiro lugar, no sentido figurado, e foi por isso que se tornou uma das representações mais fascinantes dos ministérios do sentido. O que se entende, propriamente, quando recorremos à imagem do labirinto e o que essa imagem permite dizer? A resposta tem variado incessantemente com as épocas, pois, além desse mínimo de consenso que existe em torno da figura como construção tortuosa que se destina a desorientar as pessoas, o labirinto continua um desafio à imaginação, e suas implicações ainda estão por ser descobertas. Mostrando-nos atentos às emergências do tema, aos momentos em que ele realiza sua junção com imagens próximas (labirintos “naturais” como a floresta ou o sonho, os artificiais, como a cidade e o livro) e sobretudo tentando ver o que a figura permite, a cada vez, pôr em cena e em ação, poderíamos distinguir cinco grandes períodos. Cada um deles parece formar uma certa imagem do labirinto, ou melhor, parece servir-se dessa metáfora par figurar uma tensão fundamental à condição humana. A Antiguidade, por exemplo, o uno e o múltiplo. A Idade Média, a horizontalidade e a verticalidade. A Renascença (séculos XIV a XVI), o exterior e o interior. A época clássica (séculos XVII e XVIII), a realidade e a aparência. A época moderna, o finito e o infinito. Mas cada uma dessas representações, ao privilegiar uma oposição particular, não anula as precedentes. Cada etapa pode manter levantadas as questões anteriores (da mesma forma, por sinal, que contém em potência as questões futuras). Cada período manifesta a valorização e a ativação significativas de uma questão, sem excluir as outras, que podem estar presentes, atuantes, modificando-a. Cada texto literário fornece, na verdade, um trabalho para pensar, de acordo com sua época e com a ajuda dessa estrutura mítica, a aventura do homem..
jogos de hoje na copinha,Participe da Maior Festa de Jogos Online com Hostess, Onde a Competição Nunca Para e a Diversão É Garantida 24 Horas por Dia..Ficheiro:Battle of New Orleans.jpg|300px|miniaturadaimagem|A Guerra anglo-americana de 1812 foi o primeiro conflito internacional travado pelos Estados Unidos e também o último contra a Inglaterra.,A figura do labirinto nem sempre teve na literatura a presença múltipla que se lhe supõe hoje. Época labiríntica, o século XX vê labirintos até mesmo onde tal ideia se acha inteiramente ausente. É bem verdade que encontramos desenhos de labirintos desde à pré-história e que essa representação aparece nas culturas mais variadas. Ás vezes também – ainda que os casos por nós conhecidos sejam raros – o labirinto está ligado a um mito ou a um ritual. Sua origem longínqua e diversa, seu vínculo com o sagrado, a polivalência intrínseca a essa imagem, constituem-no em estrutura mítica e fazem dele, para a imaginação literária (e artística), um tema fascinante. Na literatura ocidental (à qual nos limitamos) só tardiamente, entretanto, tal representação desprendeu-se do mito grego Teseu. O tema relacionado com o vagar sem rumo e o próprio termo “labirinto” só lentamente vieram a se impor nas línguas da Europa moderna. Também seu emprego no domínio crítico resvala, por vezes, para um abuso complacente. Lembremos, antes de mais nada, que existem dois tipos de labirinto: os labirintos que seguem um único caminho (não conhecemos representações pictóricas de outros até meados do século XVI) e os labirintos que se estendem em múltiplas direções (encruzilhadas, possibilidades de escolha, de erros etc). Note-se que, se o labirinto parece pertencer ao domínio do espaço e envolver uma relação problemática com este, pode-se igualmente pretender que ele tem a ver com o tempo (o eterno retorno constituindo, nesse caso, uma figura limite). Num texto literário, ele pode aparecer como um tema explícito, mas pode também formar uma estrutura latente (pertinente em maior ou menor grau). Pode, ou não, suscitar a referência ao mito grego (de que não nos ocuparemos aqui enquanto tal). Ele possui, na linguagem corrente, um valor negativo, mas na linguagem formal, lembra-se de sua origem sagrada e assume facilmente uma acepção positiva. Tudo isso é possível – e, sobretudo, o imenso trabalho da literatura sobre o labirinto é possível – por uma razão aparentemente paradoxal: é que o labirinto, no sentido próprio, não existe. No mundo antigo, cada autor, ao falar do famoso labirinto de Creta, imagina-o de uma maneira diferente e os arqueólogos não sabem se jamais existiu ou que forma tinha. Em nosso mundo moderno encontrarmos, sem dúvida, certas atualizações diversas dessa estrutura (labirintos de espelhos nos parques de diversões, labirintos de sebes, jogos-labirintos...); na verdade – e qualquer um reconhece isso – não passam de realizações relativamente secundárias da ideia de labirinto. O labirinto é antes de mais nada uma imagem mental, uma figura simbólica que não remete a nenhuma arquitetura exemplar, uma metáfora sem referente. Deve-se torná-lo, em primeiro lugar, no sentido figurado, e foi por isso que se tornou uma das representações mais fascinantes dos ministérios do sentido. O que se entende, propriamente, quando recorremos à imagem do labirinto e o que essa imagem permite dizer? A resposta tem variado incessantemente com as épocas, pois, além desse mínimo de consenso que existe em torno da figura como construção tortuosa que se destina a desorientar as pessoas, o labirinto continua um desafio à imaginação, e suas implicações ainda estão por ser descobertas. Mostrando-nos atentos às emergências do tema, aos momentos em que ele realiza sua junção com imagens próximas (labirintos “naturais” como a floresta ou o sonho, os artificiais, como a cidade e o livro) e sobretudo tentando ver o que a figura permite, a cada vez, pôr em cena e em ação, poderíamos distinguir cinco grandes períodos. Cada um deles parece formar uma certa imagem do labirinto, ou melhor, parece servir-se dessa metáfora par figurar uma tensão fundamental à condição humana. A Antiguidade, por exemplo, o uno e o múltiplo. A Idade Média, a horizontalidade e a verticalidade. A Renascença (séculos XIV a XVI), o exterior e o interior. A época clássica (séculos XVII e XVIII), a realidade e a aparência. A época moderna, o finito e o infinito. Mas cada uma dessas representações, ao privilegiar uma oposição particular, não anula as precedentes. Cada etapa pode manter levantadas as questões anteriores (da mesma forma, por sinal, que contém em potência as questões futuras). Cada período manifesta a valorização e a ativação significativas de uma questão, sem excluir as outras, que podem estar presentes, atuantes, modificando-a. Cada texto literário fornece, na verdade, um trabalho para pensar, de acordo com sua época e com a ajuda dessa estrutura mítica, a aventura do homem..